Emigração

Emigração

  O meu irmão mais novo casou com uma rapariga de nacionalidade brasileira, eles casaram lá no Brasil pela igreja mas como queriam viver em Portugal tiveram que casar cá pelo registo, no SEF entregaram-lhe um papel que mostrava que ela estava legalizada mas precisava de esperar pelo cartão de residência que é emitido pelo Ministério da Administração Interna/ Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, este demorou um ano a conseguir, só ao fim de 3 anos de casamento é que pode ficar com dupla nacionalidade, Existia também o problema da licenciatura que ela tinha tirado lá pois esta não era válida em Portugal, para validar a licenciatura ela teve de dar muitas voltas, primeiro dirigiu-se ao SEF para ter todas as informações de tudo o que tinha de fazer então teve que se dirigir à Faculdade de Ciências e Tecnologias e foi-lhe pedido que entrega-se 5 cópias do histórico escolar com todas as disciplinas detalhadas com toda a matéria aprendida, esses documentos teriam que ser autenticados quer pela reitoria quer pelo cartório lá no Brasil, entregou todos estes documentos e mais 450,00 € e só passados 6 meses saiu o certificado comprovando que o curso era valido em Portugal, apesar de ser burocracia a mais concordo que alguma coisa tem de ser feita para confirmar os documentos que os cidadãos estrangeiros apresentam, no Brasil o ensino fica muito aquém do ensino europeu, como sabemos as escolas lá não são das melhores.

Existem várias associações de imigrantes por exemplo “ a casa do Brasil”, estas associações tem como objectivo orientar os emigrantes (neste caso brasileiros) quer a nível da legalização, quer na procura de um emprego uma casa. Funcionam um pouco como um ombro amigo, é uma forma de os fazer sentir que não estão sozinhos num país que não conhecem, que existem pessoas (muitas voluntárias) disponíveis para os encaminhar e integrar num pais que não é o deles.

  

O facto de eu ter a minha cunhada brasileiras fez com que eu interessasse em conhecer um pouco da cultura deles, ela deu-me a conhecer a música que se faz no Brasil com qualidade que eu não sabia existir pois o que passa aqui em Portugal é só o pior do Brasil a nível de música, conheci também a comida e como já temos em Lisboa bastantes restaurantes brasileiros pude experimentar alguns dos comeres típicos brasileiros, como o famoso rodízio composto por alcatra, cupim picanha e muito mais.

 

 

Com o aparecimento de tantos emigrantes é importante interagirmos com eles e não os por á margem. Aprender e ensinar é o que todos deveríamos fazer e não nos deixar levar por ideias pré concebidas. Em Portugal, nos dias de hoje temos imigrantes de imensos países diferentes, é uma boa forma de conhecer outras culturas, e tentar entende-las porque são contadas na primeira pessoas.

Tirei da Internet algumas sugestões de como promover a tolerância e celebrar a diversidade.

  

·         Aprenda outras línguas. Conhecer outras línguas abre novos horizontes e é sempre um enriquecimento, pessoal e profissional.

 

·         Procure relacionar-se com pessoas de outras culturas e partilhe as suas experiências.

 

·         Não aceite passivamente afirmações baseadas em preconceitos e ideias feitas. Se alguma coisa lhe causa estranheza, procure conhecer e compreender outros pontos de vista.

 

·         Responda à curiosidade dos seus filhos àcerca de temas como a diversidade cultural e étnica, social, geográfica, biológica, de interesses... que faz parte da vida. Fale sobre tolerância e ajude-os a compreeender o ponto de vista dos outros.

 

·         Encoraje os seus filhos a participar em grupos/instituições da comunidade tão cedo quanto possível. Ajude-os a conhecer essa realidade e incentive a prática de voluntariado e a intervenção cívica.

 

·         É importante incentivar um clima de diálogo aberto e de questionamento sobre ‘questões sociais’, ‘o nosso mundo’, ‘as nossas especificidades’, ‘o que temos em comum’... É no dia a dia da escola – na sala de aula, no recreio – que a cidadania plural começa a tomar forma.

 

·         Se coordena uma equipa, procure criar estruturas e sistemas de tomada de decisão participativos, que acolhem diferentes pontos de vista e permitem uma integração eficaz da informação e da experiência.

 

 

 

Vemos muito, principalmente no interior do nosso país pessoas que são ou foram emigrantes. O desemprego, as faltas de oportunidades, o meio pequeno e conservador são os principais motivos dessas pessoas saírem do seu país. Na década de 60, 70 muitos portugueses emigraram para França, as mulheres trabalhavam em limpezas e os homens eram operários, a língua era o problema mais comum mas o ser humano tem uma capacidade incrível de aprendizagem e ao fim de uns meses já se “falavam” francês. Existem também em França muitas comunidades Portuguesas o que facilita um pouco a integração dos emigrantes. E assim se começou a divulgar a cultura portuguesa em França, o facto de estarem longe do seu país, as saudades, fez com que muito depressa se divulga-se a nossa cultura, a nossa gastronomia, musica e tudo o resto.

 

 

 

 

 

Lusofonia é um conjunto de povos que falam a língua portuguesa, actualmente existem 8 países que adoptaram o português como língua oficial. (Angola, Guiné, Brasil, Portugal, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste)