Violação direitos humanos

Violação direitos humanos

 Talvez por ser mãe, ou talvez mesmo só por ser um ser humano os maus tratos a crianças é dos casos de violação dos direitos humanos que mais me preocupa. A UNICEF é uma instituição que defende a protecção das crianças contra a violência, abuso e exploração, tal como a imunização, a educação para todos, a prevenção do alastramento do VIH/SIDA nos jovens e os cuidados na primeira infância para que cada criança tenha o melhor começo de vida.

O caso mais actual onde a UNICEF está a actuar é no Haiti em coordenação com outras agências das Nações Unidas presentes no terreno, a UNICEF vai fornecer bens para permitir acesso a meios de saneamento, água potável e cuidados de saúde básicos para as crianças afectadas e suas famílias.
A UNICEF está também a preparar o envio de outros materiais e pessoal para que as crianças, tremendamente vulneráveis em situações de catástrofe, sejam protegidas. Estes recursos humanos e materiais da UNICEF vão também ajudar a que as crianças possam continuar a sua aprendizagem, e a proporcionar espaços de recreio enquanto os pais e as famílias se ocupam da reconstrução das suas vidas.

FONTE: https://www.unicef.pt/artigo.php?mid=18101112&m=3&sid=1810111233

 

 

Quando pegamos na Declaração Universal dos Direitos do homem, até parece que vivemos num mundo perfeito, são direitos, direitos e mais direitos, como seria bom se assim fosse.

Artigo 5.º

Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.

 

Há um programa de televisão, que se chama “presos do estrangeiro”, que mostra como este artigo está longe de ser verdade. Para além da sobrelotação das mesmas, há constantes práticas de tortura e ausência total de direitos dos detidos. Espancamentos, detenções em solitárias, maus tratos entre guardas prisionais e reclusos, violação de correspondência, assédio sexual são práticas diárias para quem vive nas prisões. Mesmo sabendo que estes foram os primeiros a quebrar os direitos humanos de alguém não vamos ser iguais, há que por esta gente a trabalhar enquanto detidos, limpar matas, limpar ruas, fazer algo de útil pela sociedade, dar-lhes a oportunidade de eles aprenderem com os erros que cometeram, não enfia-los aos molhos dentro de celas, sem ocupação obrigatória porque mente desocupada só faz asneira.

 

Onde me choca muito a violação dos direitos humanos é na exploração do trabalho infantil, na China por exemplo. Compram-se crianças, e tornam-nos escravos, trabalham em fábricas, são vítimas de maus tratos e obrigadas a trabalhar 14 horas por dia sem qualquer tipo de pagamento. Numa fábrica de tijolo algumas crianças são reféns, ficam isoladas do mundo exterior e se tentam fugir e são apanhadas, os guardas queimam-nos com tijolos incandescentes nas costas, estes casos só se vieram a conhecer porque a imprensa (agora um pouco mais livre na liberdade de expressão) os denunciou. Esta fábrica é propriedade do secretário local do Partido Comunista Chinês. Para alem das crianças que lá trabalham, também trabalham homens que recebem 2 euros por 15 horas de trabalho e como alimentação pão e água, quando estes conseguiram fugir, estavam profundamente traumatizados parecendo mesmo mortos vivos, apresentavam ferimentos graves e queimaduras profundas, pois eram obrigados a trabalhar descalços dentro dos fornos e transportar tijolos a ferver. Tal acontecimento “obrigou” as autoridades chinesas a realizar uma investigação para clarificar o envolvimento do trabalho infantil em quatro empresas responsáveis pela produção de material para os jogos olímpicos de Pequim. Inicialmente todas as fábricas negaram, mas uma acabou por admitir que tinha dado emprego a crianças de 12 e 13 anos. Estas trabalham 13 horas por dia, sete dias por semana por menos de 30 cêntimos por hora a produzir t-shirts e bonés com os símbolos dos jogos olímpicos. O trabalho infantil na China também é proibido mas o governo aproveita as entrelinhas da lei que através de programas das escolas permitem usar o trabalho infantil. As escolas, principalmente nas zonas mais pobres têm projectos agrícolas ou manufacturas, é chamado a estes projectos “trabalho e Estudo”.

Depois de tomarmos conhecimento de toda esta realidade, será que vale a pena adquirir produtos “made in China”? Acredito que não, talvez se ninguém compre-se os seus produtos, não teriam necessidade de ter tanta criança a trabalhar, estas são pobres e certamente morrerão à fome se não trabalharem, mas será que não será mais digno morrer de fome a ter de sofrer tais humilhações, maus tratos, fome e a encher os bolsos dos que menos precisam?

Melhor será consumir produtos de fabrico nacional, pois tanto nos queixamos de desemprego, mas se não consumir mos os nossos produtos estamos a contribuir para isso mesmo.