Vida escolar

Vida escolar

 A minha vida escolar não foi muito feliz comecei logo por chumbar no quarto ano, mas os quatro anos passados na primária foram os que mais me marcaram, foram na Escola Primária Vale Escuro com a professora Alda, apesar de não ter sido assim há tantos anos o ensino era muito diferente, no final das aulas ficávamos em pé ao lado da nossa secretária e cantávamos o hino de Portugal, durante o dia de aulas fazíamos várias brincadeiras. Como eu tinha algumas limitações e à tarde como não havia aulas, ia para casa da professora ter aulas de apoio.

Reprovei no quarto ano e mudei de escola e apesar de ter passado nesse ano não foi um ano nada fácil, pois a professora era severa e estava sempre de régua na mão, de cada vez que não respondia correctamente às perguntas lá estava eu a apanhar.

Passei para o quinto ano e fui para a Escola Preparatória Cesário Verde, lembro-me de ter um professor de música que era cego, o que me fazia bastante confusão mas corria sempre bem e nos dias de teste tínhamos uma auxiliar a vigiar, o que eu também não achava muito normal era o facto de termos aulas ao sábado mas isso só aconteceu um ano e depois acabaram com isso.

Passei para o sexto ano e voltei a reprovar, nessa altura desinteressei-me completamente da escola, não entendia o que estava ali a fazer, nem entendia porque aquilo me podia ser útil um dia mais tarde.

Repeti o sexto ano e passei para o sétimo ano na escola Secundária Patrício Prazeres, ai foi o descalabro total, faltava imenso às aulas, achava que não era capaz de aprender e desisti no meio do ano lectivo e comecei a trabalhar, nessa altura tinha catorze anos.

Quando fiz dezoito anos e como a vida já me tinha ensinado alguma coisa e a idade também já era outra voltei a estudar na mesma escola, em regime nocturno e por unidades capitalizáveis fazia-se o sétimo, oitavo e nono ano. Nessa altura vi a escola duma maneira diferente acabei mesmo por ter muito boas notas, a disciplina que mais gostava era matemática até essa data nunca tinha entendido nada dessa disciplina mas quando a compreendi passou a ser a minha disciplina preferida, a professora fez-me entender a matemática mas também é verdade que nessa altura eu própria estava receptiva à aprendizagem, apesar de todo esse meu empenho não acabei o nono ano, apenas fiz algumas disciplinas.

Em dois mil e seis tirei um curso de medidor orçamentista que se baseava em fazer medições e orçamentação para a construção de uma vivenda através de um projecto, foi com a Eng.ª Paula no INEPI e acabei o curso com quinze valores, foi um curso interessante, diferente mas essencial para o emprego que eu tinha na altura.

Em Março de 2009 entrei para as novas oportunidades, inicialmente comecei por integrar num grupo mas por motivos profissionais não me foi possível continuar, mas as profissionais que me acompanharam dispuseram-se a dar-me as sessões individualmente, das três áreas exigidas fui apenas a duas sessões uma para a descodificação do referencial e outra para fazer o balanço, as minhas maiores dificuldades foi mesmo conseguir gerir o tempo para realizar as tarefas. Acabei por conseguir e fui a júri em Novembro de 2009 foi mesmo a tarefa mais difícil, não estou muito habituada a falar em público acabei por “despejar” o que tinha a dizer sem qualquer emoção só queria mesmo que aquele momento acabasse.